sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A pomba branca





Todo o jardim que se preze tem que ter aves. São elas que dão movimento e som. Aliado às cores das árvores e flores, são a combinação perfeita para um lindo jardim.

Um tema interessante e que gosto particularmente é a simbologia. O que significam as coisas para as diversas civilizações, religiões ao longo da História?

Por exemplo, a pomba branca. Como se tornou símbolo da paz? Fui à procura e encontrei. Tudo começou com a arca de Noé. Quando esperava pelo fim do dilúvio, Noé mandou um animal mensageiro para ver se as águas tinham baixado.



O primeiro escolhido foi o corvo, mas nunca voltou. Então Noé enviou uma pomba, na primeira viagem, ela não encontrou nenhum lugar para pousar. Sete dias depois, foi novamente solta e retornou com um ramo de oliveira no bico. Isso, de acordo com a narrativa bíblica, simbolizava a PAZ entre DEUS e os homens. Além disso, o ramo de oliveira significava também que havia encontrato terra

Outra história bíblica, confere a esta ave luz e paz. Assim que Jesus foi baptizado, o espírito de Deus desceu sobre Ele em forma de uma pomba. Desde então, a pomba é associada ao Espírito Santo.

A cor branca também indica ausência de cores representando a luz e a pureza. Desta forma, a pomba da paz teve um impulso diante das guerras nos séculos XX, simbolizando a serenidade.

No inicio dos anos 60 o pintor Pablo Picasso eternizou a pomba branca como símbolo da Paz numa série de gravuras que se tornaram famosas mundialmente.

Outros artistas também ajudaram a popularizar o ícone, que foi utilizado em manifesto e tratado internacionais, como o congresso da Paz de 1949 realizado em Paris.

Diz a lenda que o diabo e as bruxas podem transformar-se em qualquer pássaro, excepto numa pomba branca.

sábado, 19 de dezembro de 2009

A poinsettia



Nativa da América Central, a poinsettia vegetava numa área do Sul do México, conhecida como Taxco del Alarcon e, pelo que se sabe, os antigos Astecas chamavam-na de"cuetlaxochitl" e não a utilizavam apenas como planta decorativa. Das suas brácteas, extraíam uma tinta de tonalidade intensa, utilizada como cosmético e no tingimento de tecidos. O líquido leitoso, abundante nas suas hastes, era usado na preparação de poções contra a febre. É provável que as primeiras referências que relacionam a poinsettia a festas religiosas, como o Natal, situam-se no século XVII. Pela sua cor vermelho-brilhante e pelo florescimento durante o período das festas Natalinas, os monges franciscanos começaram a utilizar esta flor para decorar uma procissão típica do Natal, conhecida como "Festa de Santa Pesebre".

Podemos dizer que o responsável por toda a popularidade da poinsettia no Natal dos Estados Unidos foi Joel Robert Poinsett, o primeiro embaixador dos Estados Unidos no México no período de 1825 a 1829. Nesta época, encantado com a vistosa planta mexicana, levou alguns exemplares para a sua terra, distribuiu entre amigos, enviou para jardins botânicos... enfim, fez tanto que mereceu baptizar a planta com o seu nome.

E, por falar nisso, entre os amigos que receberam a planta, estava o horticultor John Bartram que doou algumas mudas para o viveirista Robert Buist - tido como a primeira pessoa a vender a planta com o nome de Euphorbia poinsettia. A denominação Euphorbia pulcherrima, antes de sua introdução nos Estados Unidos e posterior interesse em sua comercialização, já havia sido reconhecida e publicada por um taxonomista alemão em 1833.

E para quem acha que o nome "pulcherrima" é horroroso, aí vai o seu significado: "a mais bela".

Como ela é:

Planta da família das Euforbiáceas, a poinsettia apresenta uma característica muito interessante: o que parecem ser as pétalas das flores, na verdade, são brácteas, ou seja, são folhas modificadas. Isso ocorre porque as verdadeiras flores da planta (veja detalhe ao lado) são pequeninas e quase insignificantes, não apresentando cores e formas atraentes para os polinizadores. Assim, as brácteas, coloridas e exóticas, que surgem ao redor das flores verdadeiras, cumprem a função de atrair os insetos e aves responsáveis pela polinização da planta.

Sempre vemos poinsettias comercializadas em vasos, o que nos dá a impressão de que se trata de uma planta de pequeno porte. Na verdade, em ambiente externo, plantada no jardim, por exemplo, ela pode atingir 3 metros de altura.

Ficha da Planta

Nome popular: poinsettia, bico-de-papagaio, flor-do-natal
Origem: América do Norte, México
Porte: arbustivo podendo atingir cerca 3 metros de altura.
Propagação: por meio da estaca de galhos
Luminosidade: precisa de sol pleno para se desenvolver bem. Em ambientes internos, só vai bem em locais com grande luminosidade natural.
Regas: constantes, mas sem encharcamento
Solo ideal: arenoso com boa drenagem. Uma boa mistura de solo é a seguinte: 1 parte de terra comum de jardim, 1 parte de terra vegetal e 2 partes de areia.

* Rose Aielo Blanco é jornalista e editora do Jardim de Flores - http://www.jardimdeflores.com.br





sábado, 31 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

A árvore nas civilizações antigas

Desde o principio dos tempos, a árvore manteve uma relação com o ser humano, proporcionou o primeiro lar, lenha, sombra e alojamento para as aves que podiam transformá-las em caça para alimentar a tribo.

No entanto, os druidas consideravam que a relação podia ser mais íntima, tinham em mente que cada homem ou mulher levava no seu interior uma árvore, pela qual alimentava o desejo de crescer da melhor maneira. Na realidade a árvore supria o seu protector de todo o material e espírito dos seres humanos celtas.

A árvore articulava toda a idéia dos cosmos ao viver numa contínua regeneração. Nela os druidas contemplavam o símbolo da verticalidade, da vida em completa evolução, numa ascensão permante até o céu. Por outro lado, a árvore permitia estabelecer uma comunicaçaão entre os três níveis dos cosmos: o subterrâneo, pelas raízes que não deixavam de sugar nas profundidades para saciar a contínua necessidade de encontrar água; as alturas, através da copa e dos ramos superiores, sempre reunidos na totalidade dos elementos, a água que flui em seu interior, a terra que se integra em seu corpo pelas raízes, o ar que alimenta as folhas e o fogo que surge de sua fricção. Os celtas conseguiam o fogo friccionando habilmente uns ramos, entre as quais haviam introduzido erva seca ou palha.

A árvore era a ponta do mundo

Devido ao facto das raízes das árvores se submergissem no solo enquanto os seus ramos se elevavam ao céu, fez com que os druidas a considerassem o símbolo de relação terra-céu. Possuía neste sentido uma carácter central, até o ponto que se supunha a essência do mundo.

São muitas as civilizações antigas que estabeleciam sua árvore central, essa que era tida como ponta do mundo: o roble do celtas; o tilo dos alemães; o fresno dos escandinavos; a oliva dos árabes; o banano dos hindus; o abedul dos siberianos, etc. Tanto na China como na India a árvore é considerada a ponta do mundo pela companhia dos pássaros, o mesmo sucedia com os celtas, já que estes descansam nos seus galhos. Eram considerados estados superiores do ser, que se encontravam vinculados ao mesmo, com o tronco da árvore. Os pássaros eram em doze, o que recordava o simbolismo zodiacal e dos Aditya, que constituem a dúzia de sóis.

A Árvore Cósmica

A árvore cósmica para os druidas era o centro: a sua seiva supria a chuva celestial e os seus frutos proporcionavam a imortalidade (o retorno do ser a um estado paradisíaco).

Assim ocorria com os frutos da árvore da Vida que se encontravam no Éden, as maçãs de ouro do Jardim de Hespérides e o pêssego da Si-wang, a seiva de Haoma Iraní. O Hiomarigi japonês também é valorizada como uma árvore cósmica, igual que a Boddhi, a qual Buda alcançou a plena iluminação, pela que desde então representa ao mesmo Buda na iconografia primitiva.

O simbolismo chinês conhece a árvore da fusão: une o Ying com o Yang (Cruzamento das flores masculinas e as femininas da árvore). Assim mesmo, as categorias das árvores: as folhas caducas e as folhas perenes estão afetadas por signos opostos: um simboliza o céu das mortes e renascimento; e o outro representa a imortalidade da vida, quer dizer, das manifestações diferentes de uma mesma identidade.

Na Bolívia e no Haiti, a árvore não é só deste mundo, ela sobe para mais longe. Vai dos infernos aos céus, como um caminho de viva comunicação. Para os celtas a árvore cósmica tinha o nome de Bilé, no idioma irlândes, e a germânica se chamava Iggdrasil no idioma antigo nórdico (Old Norse).

A árvore dos antepassados

De acordo com as idéias de muitos antropólogos, podemos crer que a árvore foi considerada um antepassado mítico de uma tribo, ao perceber na relação estreita com o culto lunar. Assim afirmavam os druidas. Mas existem numerosos exemplos em outras culturas: Os Mãos e os Tagálop das Filipinas; o Yu-nan do Japão, os Ainu da Ásia central; na Austrália que unem as origens das suas raças com o bambu e acácia. A árvore também intervém nas interpretações antropomórficas (transformação do homem em árvore e vice versa).Isso pode-se ver nas crenças dos povos altaicos e turco-mongois da Sibéria, o mesmo que nos celtas. O matrimônio místico entre árvores e humanos é comum na Índia, no Penjab e no Himalaia. Também na América do norte, e em algumas áreas da África.

A árvore social

A árvore também simboliza o crescimento de uma família, de uma cidade, de um povo, de uma nação, e do poder do rei. Um bom exemplo disso é Nabucodonosor e a interpretação de seu sonho pelo Profeta Daniel. Na tradição bíblica judaica-cristã, detecta-se no relato da tentação do livro do Gênesis, as grandes árvores que figuravam as vezes nos Salmos. Essa árvore simboliza a cadeia de gerações, cuja história se resume na Bíblia e que culmina com a chegada da Virgem e de Jesus Cristo. Esta mesma árvore inspirou muitas obras de arte e foi objecto de cometários místicos.

super mensagens

sábado, 19 de setembro de 2009

Festival Internacional dos Jardins

São lindos, deslumbrantes e vale muito a pena visitar. Tem-se revelado um sucesso e as edições anteriores foram visitadas por milhares de pessoas.
O tema do festival deste ano: As Artes no Jardim.





Saibam tudo sobre o festival. Cliquem na imagem e desfrutem...

sábado, 5 de setembro de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

Dia da Amizade

textos grandes

Na estrada da minha casa há um pasto. Dois cavalos vivem lá.
De longe, parecem cavalos como os outros cavalos, mas, quando se olha bem, percebe-se que, um deles é cego.

Contudo, o dono não se desfez dele e arrumou-lhe um amigo: Um cavalo mais jovem.
Isso já é de se admirar.

Se você ficar a observar, ouvirá um sino.
Procurando de onde vem o som, você verá que há um pequeno sino no pescoço do cavalo mais jovem.

Assim, o cavalo cego sabe onde está seu companheiro e vai até ele.
Ambos passam os dias comendo e no final do dia o cavalo cego segue o companheiro até o estábulo.

E você percebe que o cavalo com o sino está sempre a olhar se o outro o acompanha, e as vezes, para pra que o outro possa alcançá-lo.
E o cavalo cego guia-se pelo som do sino, confiante que o outro o está a levar para o caminho certo.

Como o dono desses dois cavalos, Deus não se desfaz de nós só porque não somos perfeitos, ou porque temos problemas ou desafios. Ele cuida de nós e faz com que outras pessoas venham em nosso auxílio quando precisamos.

Algumas vezes somos o cavalo cego guiado pelo som do sino daqueles que Deus coloca em nossas vidas.

Outras vezes, somos o cavalo que guia, ajudando os outros a encontrar o seu caminho.
E assim são os bons amigos. Você não precisa vê-los, mas eles estão lá.

Raquel Fogo

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Flores da aldeia


Este fim de semana, de visita à aldeia, encontrei o jardim da família em flôr!
Verdadeiro festival de cores, foi uma benção para os olhos e para a alma.

sábado, 27 de junho de 2009