Jardim do Bom Jesus

Hoje escolhi um jardim que é muito especial para mim e porque faltam apenas algumas horas para a noite de Natal, resolvi trazê-lo até aqui ao Jardins Encantados. Foi o cenário do meu casamento, foi lá que há 18 anos atrás, eu e o meu marido pedimos a Jesus que abençoasse a nossa união.

O Jardim do Bom Jesus é um jardim com variados e belíssimos canteiros floridos, árvores frondosas, fontes e bancos. Destaca-se um miradouro com vista panorâmica da cidade, bem como o elevador novecentista a água.

O Jardim do Bom Jesus, encontra-se um local que é um dos seus expoentes máximos no que concerne a beleza e envolvência espiritual. Ao travessa-lo, entra-se num espaço místico, com as escadarias envolvidas por árvores centenárias que conduzem o caminhante a capelas que exprimem a paixão de Cristo. São paragens obrigatórias, quer para o devoto quer para o turista.
Num patamar médio, encontra-se o primeiro miradouro, do qual se avista a cidade de Braga e paisagem envolvente. A partir daí, as escadarias já não ziguezagueiam por entre o bosque frondoso e o espaço torna-se aberto. Ao cimo está a igreja do Bom Jesus, imponente, convidando o caminhante a alcançá-la.

A rosa, raínha dos jardins

O nome rosa é derivado do latim. Com Cloris, a deusa das flores, a rosa foi coroada como rainha das flores e tornou - se um símbolo de amor e desejo e ainda, o emblema do silêncio e sigilo.

Na Idade Média uma rosa era suspensa do tecto de um conselho de câmara, incitando todos ao sigilo ", sob a rosa". Confúcio escreveu que, durante a sua vida (551-479 aC), o Imperador da China já tinha na sua biblioteca cem livros relativos à cultura de rosas.

Chineses do século V AC extraiam óleo das rosas cultivadas no jardim do Imperador. Mas só poderia ser utilizado pelos nobres e dignatários do tribunal, se um plebeu fosse encontrado na posse deste óleo, era condenado à morte.

Durante as festas em Atenas jovens de ambos os sexos, coroado de rosas, dançavam nus na sombra do templo de Hymen para simbolizar a inocência da Era de Ouro. Os romanos acreditavam que ao decorar os seus túmulos com rosas iriam apaziguar os Manes (espíritos dos mortos).
Nero era louco por rosas. Durante os seus generosos jantares pétalas caiam do tecto do salão de banquete.
Cleopatra tinha uma paixão por tudo relacionado a Roma e sua mania por rosas foi herdada pelos seus aliados.

Os escritos de Seneca e de outros filósofos alertavam quanto ao uso excessivo de rosas. Cristãos viam na rosa o símbolo de paganismo, orgia e luxúria. Tertuliano escreveu um volume total contra a flôr.

Em liturgias católicas, a Virgem Maria é chamada " Rosa mistica". Depois de Leão IX ter sido eleito Papa em 1084, ele instituiu a cerimonia da Rosa de Ouro e foi levado a favorecer monarcas como um símbolo de estima papal.

Muitas variedades foram perdidas durante os anos entre a queda do Império Romano e da invasão muçulmana da Europa. Durante as Eras de Trevas as rosas encontraram refúgio em mosteiros.

A rosa tornou - se um importante símbolo heraldico. Durante a "Guerra dos Roses", a Casa de York foi simbolizada por uma rosa branca, a Casa de Lancaster por uma rosa vermelha.

A propagação da paixão por rosas deu-se da França para as ilhas britânicas, em toda a Europa Ocidental para a América e Austrália.

Quanto às propriedades medicinais das rosas poderiamos preencher um grande livro com muitas prescrições. Uma coisa que sabemos é que os seus caules foram utilizados para a prevenção de escorbuto. O rosa selvagem é a flor do estado de Iowa, Dakota do Norte, Geórgia e Nova York. É também a flor oficial da Inglaterra.









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