domingo, 7 de março de 2010

Flor-de-lis

A palavra lis é um galicismo que significa lírio ou iris, mas também pode ser uma contracção de "louis", do francês, Luís, primeiro príncipe a utilizar o símbolo (ficando assim "fleur-de-louis", ou "flor de luís"). Assim, a representação desta flor, e seu simbolismo, é o que os elementos heráldicos querem transmitir, quando a empregam sob as mais diversas formas. É uma das quatro figuras mais populares em brasonaria, juntamente com a água, a cruz e o leão.
É o símbolo do movimento escoteiro, as três pétalas representando os três pilares da promessa escoteira e o apontar para o Norte em mapas e bússolas, mostra para onde o jovem deve ir, sempre para cima.

As pessoas na Idade Média exprimiam, com frequência, as suas idéias e  sentimentos através de símbolos: as cores, as imagens, os animais apresentavam um significado claro para eles. O rei de França tinha a Flor-de-Lis por emblema.

Um escrivão do século XIII assim explica o sentido deste símbolo:

“Uma vez que Nosso Senhor Jesus Cristo quer, mais do que todos os outros reinos, iluminar a França pela Fé, pela Sabedoria e pela Cavalaria, os Reis de França adquiriram o hábito de trazer sobre suas armas a Flor de Lis com três pétalas, como se elas afirmassem ao mundo inteiro: Fé, Sabedoria e Cavalaria são, pela graça de Deus, mais abundantes em nosso reino do que nos outros. As duas pétalas da Flor de Lis que se encontram de cada lado, significam Sabedoria e Cavalaria que garantem e defendem a terceira pétala colocada no meio, mais longa e mais alta, e que significa a Fé; porque esta deve ser governada pela Sabedoria e defendida pela Cavalaria”.

Pertencente à família das Amarilidáceas, a flor-de-lis é originária do México e da Guatemala. Conhecida em outros idiomas como lírio-asteca, lírio-de-Saint-James (St. James lily), lírio-de-saint-Jacques (Lis de Saint-Jacques) a Sprekelia formosíssima é a única espécie do gênero. O nome da espécie foi dado pelo botânico Linnaeus (Lineu) quando recebeu alguns bulbos de J. H. van Sprekelsen, um advogado alemão. Os espanhóis introduziram a planta na Europa, levando os bulbos do México, no final do século XVI. 


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