sábado, 26 de setembro de 2009

A árvore nas civilizações antigas

Desde o principio dos tempos, a árvore manteve uma relação com o ser humano, proporcionou o primeiro lar, lenha, sombra e alojamento para as aves que podiam transformá-las em caça para alimentar a tribo.

No entanto, os druidas consideravam que a relação podia ser mais íntima, tinham em mente que cada homem ou mulher levava no seu interior uma árvore, pela qual alimentava o desejo de crescer da melhor maneira. Na realidade a árvore supria o seu protector de todo o material e espírito dos seres humanos celtas.

A árvore articulava toda a idéia dos cosmos ao viver numa contínua regeneração. Nela os druidas contemplavam o símbolo da verticalidade, da vida em completa evolução, numa ascensão permante até o céu. Por outro lado, a árvore permitia estabelecer uma comunicaçaão entre os três níveis dos cosmos: o subterrâneo, pelas raízes que não deixavam de sugar nas profundidades para saciar a contínua necessidade de encontrar água; as alturas, através da copa e dos ramos superiores, sempre reunidos na totalidade dos elementos, a água que flui em seu interior, a terra que se integra em seu corpo pelas raízes, o ar que alimenta as folhas e o fogo que surge de sua fricção. Os celtas conseguiam o fogo friccionando habilmente uns ramos, entre as quais haviam introduzido erva seca ou palha.

A árvore era a ponta do mundo

Devido ao facto das raízes das árvores se submergissem no solo enquanto os seus ramos se elevavam ao céu, fez com que os druidas a considerassem o símbolo de relação terra-céu. Possuía neste sentido uma carácter central, até o ponto que se supunha a essência do mundo.

São muitas as civilizações antigas que estabeleciam sua árvore central, essa que era tida como ponta do mundo: o roble do celtas; o tilo dos alemães; o fresno dos escandinavos; a oliva dos árabes; o banano dos hindus; o abedul dos siberianos, etc. Tanto na China como na India a árvore é considerada a ponta do mundo pela companhia dos pássaros, o mesmo sucedia com os celtas, já que estes descansam nos seus galhos. Eram considerados estados superiores do ser, que se encontravam vinculados ao mesmo, com o tronco da árvore. Os pássaros eram em doze, o que recordava o simbolismo zodiacal e dos Aditya, que constituem a dúzia de sóis.

A Árvore Cósmica

A árvore cósmica para os druidas era o centro: a sua seiva supria a chuva celestial e os seus frutos proporcionavam a imortalidade (o retorno do ser a um estado paradisíaco).

Assim ocorria com os frutos da árvore da Vida que se encontravam no Éden, as maçãs de ouro do Jardim de Hespérides e o pêssego da Si-wang, a seiva de Haoma Iraní. O Hiomarigi japonês também é valorizada como uma árvore cósmica, igual que a Boddhi, a qual Buda alcançou a plena iluminação, pela que desde então representa ao mesmo Buda na iconografia primitiva.

O simbolismo chinês conhece a árvore da fusão: une o Ying com o Yang (Cruzamento das flores masculinas e as femininas da árvore). Assim mesmo, as categorias das árvores: as folhas caducas e as folhas perenes estão afetadas por signos opostos: um simboliza o céu das mortes e renascimento; e o outro representa a imortalidade da vida, quer dizer, das manifestações diferentes de uma mesma identidade.

Na Bolívia e no Haiti, a árvore não é só deste mundo, ela sobe para mais longe. Vai dos infernos aos céus, como um caminho de viva comunicação. Para os celtas a árvore cósmica tinha o nome de Bilé, no idioma irlândes, e a germânica se chamava Iggdrasil no idioma antigo nórdico (Old Norse).

A árvore dos antepassados

De acordo com as idéias de muitos antropólogos, podemos crer que a árvore foi considerada um antepassado mítico de uma tribo, ao perceber na relação estreita com o culto lunar. Assim afirmavam os druidas. Mas existem numerosos exemplos em outras culturas: Os Mãos e os Tagálop das Filipinas; o Yu-nan do Japão, os Ainu da Ásia central; na Austrália que unem as origens das suas raças com o bambu e acácia. A árvore também intervém nas interpretações antropomórficas (transformação do homem em árvore e vice versa).Isso pode-se ver nas crenças dos povos altaicos e turco-mongois da Sibéria, o mesmo que nos celtas. O matrimônio místico entre árvores e humanos é comum na Índia, no Penjab e no Himalaia. Também na América do norte, e em algumas áreas da África.

A árvore social

A árvore também simboliza o crescimento de uma família, de uma cidade, de um povo, de uma nação, e do poder do rei. Um bom exemplo disso é Nabucodonosor e a interpretação de seu sonho pelo Profeta Daniel. Na tradição bíblica judaica-cristã, detecta-se no relato da tentação do livro do Gênesis, as grandes árvores que figuravam as vezes nos Salmos. Essa árvore simboliza a cadeia de gerações, cuja história se resume na Bíblia e que culmina com a chegada da Virgem e de Jesus Cristo. Esta mesma árvore inspirou muitas obras de arte e foi objecto de cometários místicos.

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sábado, 19 de setembro de 2009

Festival Internacional dos Jardins

São lindos, deslumbrantes e vale muito a pena visitar. Tem-se revelado um sucesso e as edições anteriores foram visitadas por milhares de pessoas.
O tema do festival deste ano: As Artes no Jardim.





Saibam tudo sobre o festival. Cliquem na imagem e desfrutem...

sábado, 5 de setembro de 2009